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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Surrealismo na fotografia

Surrealismo na fotografia
Aparentemente contraditórios, surrealismo e fotografia se encontraram e se uniram numa exposição visual única. Na verdade, o surrealismo nunca buscou fugir à realidade, mas aprofundar-se nela. Por outro lado, a fotografia pode ser mais e estar além de uma simples representação gráfica. Fotografia surrealista foi o resultado desse encontro.
Manuel Álvarez Bravo – Manequins rindo (1930)


O surrealismo, contrário às forças da razão, que bloqueavam o acesso à imaginação e aos poderes criativos do inconsciente [segundo seus adeptos], usavam [e abusavam!], do êxtase [fosse por estímulos sexuais ou toxicológicos], dos sonhos e da loucura. Na fotografia, foi assumido a partir das obras de Man Ray, Lee Miller, Maurice Tabard, Hans Bellmer, Dora Maar, Raoul Ubac e o mexicano Manuel Álvarez Bravo.
Ainda podem ser citados: André Kertész, Henri Cartier-Bresson, Emilia Medková (Checoslováquia), Frederick Sommer (Arizona), e John Laughlin (Nova Orleans).

As técnicas e os fotógrafos surrealistas
A estranheza nas fotografias surrealistas chegou através de diversas técnicas, principalmente as de diferencial de luz e lentes. Man Ray (com seus fotogramas Rayograph), Lee Miller e Maurice Tabard usaram dupla exposição, combinação de impressão, montagens, solarização. Hans Bellmer, fotografou suas estranhas bonecas mecânicas. Dora Maar inverteu [tipicamente surrealista] e travestiu, o feio em bonito, e vise-versa. Raoul Ubac solarizou e “fotomontou”, criando multicamadas, imagens convulsivas.

Mas o que ampliou o surrealismo fotográfico foi a percepção de que o prosaico, o comum, o cotidiano, poderia ser surreal apenas diante da sensibilidade do artista. Nessa perspectiva, Eugène Atget foi o primeiro grande surrealista.

Eugène Atget

Hotel Marques de Chantosme – 6 Rue de Tournon (1900)

Le Parc de Saint-Cloud (1905-1915)

Rue de la Montagne – Sainte-Geneviève (1922)

André Kertesz
Marionnettes of Pilsner (1929)

Janela da Academia Francesa (1932)

Distortion #40 (1933)

Thomas Jefferson (1961)


Dora Maar
Mendigo cego (1934)

Sem título, mas conhecido como
Onírico ou Alucinação (1935)

Silêncio (1935-1936)


Hans Bellmer – La Poupée – A Boneca
(1934)

(1934)

(1935)


Lee Miller
Lee Miller e os surrealistas
Marie-Berthe [Aurenche], Max Ernst, Lee Miller e Man Ray (Paris/1931-33)

Retrato do espaço (1937)

Não-conformista (Capela de Camden Town – Londres/1940)


Man Ray
Mulher fumando um cigarro (1920)

O Violino de Ingres (1924)

Barbette se maquiando (1926)

Manuel Álvarez Bravo
Abóbora e caracol (1928)

Parábola Ótica (década 30)

Visão da caixa (1938)

Lembrança de Azompan (1943)


Maurice Tabard
Composição – Nu: montagem com luvas (1929)

Notre-Dame (Paris/1946-1948)

Fotomontagem – Nua com o rosto sobreposto

Raoul Ubac
Penthésilée – Pentesiléia (1937)

Battle of Amazons – Batalha das Amazonas

Tête mannequin du d'andré masson – Tête, manequim da Casa de André

Outros fotógrafos surrealistas
David Lee Guss
Homenagem a Frederick Sommer: a seca e o crânio de vaca
Um crânio de vaca limpo por urubus, na seca de 100 anos 
Reserva indígena de Tohono O'odham

Emilia Medková
Animal pela Baía de Enrico

Frederick Sommer
Jack Rabbit (1939)

Minhas coisas não são puras: elas são uma riqueza efervescente da imperfeição.
Tudo o que está vivo acontece porque um monte de coisas entra nele. (Frederick Sommer)



Henri Cartier-Bresson
Arenas de Valência (1933)

Ilse Bing
Dançarina de CanCan – Moulin Rouge (Paris/1931)

Nikolai Klimaszewski
After Man Ray – Depois de Man Ray

fonte texto e imagens: Mol-TaGGe arte e cultura

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