Misterioso
e elitista, o mercado da arte gera transações de milhões de euros,
onde, por vezes, os compradores são anônimos Os quadros e os pintores,
esses, estão longe de ser desconhecidos do grande público. Entre eles
destacam-se Paul Cézanne, Jackson Pollock, Van Gogh, Edward Munch e
Pablo Picasso.
Comecemos,
então, pelo quadro vendido ao mais alto preço. Um dos quadros da série
"Os Jogadores de Cartas" de Paulo Cézanne foi vendido por 250 milhões de
dólares (190 milhões de euros) em 2011 à Família Real do Qatar.
Trata-se da única peça em cinco que não se encontra num museu: os outros
exemplares estão guardados no Musée de Orsay, no Metropolitan Museum of
Art, no Barnes Foundation e no Courtauld Institute of Art. Esta série
de quadros é considerada um momento de mudança na vida artística de
Cézanne - foi produzida na primeira parte da década de 1890, sendo um
prelúdio dos seus anos finais, em que ele pintou as suas obras mais
aclamadas. Aqui, Cézanne adaptou um motivo da pintura francesa e
holandesa do século XVII, reproduzindo a decadência dos jogadores de
cartas em tabernas.
© Jackson Pollock, "Nº5, 1948", (Wikicommons).
Jackson
Pollock produziu em 1948 o "nº 5, 1948", aquele que é hoje o segundo
quadro mais valioso. Vendido em 2006 por 140 milhões de dólares, a tela
terá sido vendida por David Geffen (da indústria de editoras musical)
para que este pudesse angariar fundos para comprar o Los Angeles Times.
Verdade ou não, esta tela é uma das obras-primas de Pollock, o pintor do
Expressionismo Abstracto que modificou a arte contemporânea no final da
primeira metade do século XX, dedicando-se ao action painting.
Willem
de Kooning, artista que também se dedicou ao action painting, é o
terceiro da lista. "Woman III" foi vendido por 137,5 milhões de dólares
também por David Geffen ao bilionário Steve A. Cohen. Produzido em 1953,
Woman III representa o estilo do pintor holandês, que recorreu bastante
ao tema feminino.
© Gustav Klimt, "O Retrato de Adele Bloch Bauer I", (Wikicommons).
A
quarta tela mais cara trata-se de "O Retrato de Adele Bloch-Bauer I",
de Gustav Klimt. Foi vendida por 135 milhões de dólares em 2006 e
encontra-se, desde então, em exposição na Neue Galerie, em Nova Iorque.
Finalizado em 1907, Klimt demorou três anos a concluir a pintura, usando
ouro e ornamentação complexa. O pintor austríaco considerado na
corrente do Simbolismo fugiu à arte mais convencional, centrando-se no
temas do feminino e da sensualidade. Também a segunda versão deste
quadro, "Adele Bloch-Bauer II", atingiu um valor exorbitante, tendo sido
vendida por 87,9 milhões de dólares em 2006.
© Vincent Van Gogh , "Retrato de Joseph Roulin", (Wikicommons).
© Vincent Van Gogh, "Irises", (Wikicommons).
Em
1990 o "Retrato de Dr. Gachet" foi vendido por 82.5 milhões de dólares,
o que corresponderia hoje a 146,5 milhões. A tela de Vincent Van Gogh
foi terminada em 1890, tem duas versões, que mostram a evolução do
estilo de Van Gogh e das suas pinceladas. Apresentados por dois amigos
em comum, o doutor Gachet mostrou grande interesse pela arte de Van Gogh
e o segundo acabou por aceitar pintá-lo, num tom melancólico, apoiado
sobre uma mesa. "Retrato de Joseph Roulin", "Irises", "Portrait de
l'artiste sans barbe", "Wheat Field with Cypresses" e "Doze girassóis
numa jarra" são outras telas de Van Gogh que arrecadaram milhões de
dólares para os seus vendedores.
© Pierre Auguate Renoir, "Le Moulin De La Gallette", (Wikicommons).
Pierre
Auguste Renoir ocupa a sexta posição no ranking das pinturas mais
dispendiosas. O famosíssimo "Baile no Moulin de la Galette" foi vendido
por 78,1 milhões de dólares em 1990, o que hoje equivaleria a 138,7
milhões. O quadro finalizado em 1876 é um dos mais famosos do
impressionista francês e espelha a atmosfera de vivacidade que se vivia
no bairro de Montmartre no século XIX.
© Pablo Picasso, "Nu, Folhas e Busto", (Wikicommons).
Pablo
Picasso tem várias obras no top das mais caras. Em sétimo lugar está
"Nu, Folhas e Busto", vendida por 106,5 milhões de dólares, que retrata
Marie-Thérèse, uma amante de Picasso, nua e reclinada. Outras obras
milionárias do cubista espanhol são "Dora Maar com Gato", "Les Noces de
Pierrete", "Yo, Picasso", "Au Lapin Agile", "Acrobate et jeune
arlequin", "Femme aux Bras Croisés", "Le Rêve" e "Femme assise dans un
jardin".
© Edvard Munch, "O Grito", (Wikicommons).
A
aquisição mais sonante dos últimos tempos é "O Grito" de Edward Munch.
Consta que o marco do Expressionismo Alemão foi vendido à família real
do Qatar 119,9 milhões de dólares, em Maio de 2012. Não existem
confirmações absolutas deste facto, mas a verdade é que este país se
está a tornar o maior comprador de arte moderna. A família real
construiu novos museus e tem promovido a arquitectura e convidado
artistas contemporâneos a residir no seu país.
A
lista de quadros milionários é extensa e nela figuram outros nomes como
Francis Bacon, Andy Warhol, Peter Paul Rubens, Jasper Johns, Mark
Rothko, Claude Monet, Thomas Eakins (e a sua famosa Gross Clinic).
fonte imagens e texto: Adriana Guerra, Obvius
Um comentário:
Alguns eu conhecia de livros e TV.
Muito bom.
Beijos!!
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