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O modo long-play do Urbanascidades, desde 02.02.2012.
Blog cultural e artístico de produção coletiva. Seja um colaborador enviando artigos, cronicas, poemas, contos, ensaios e qualquer outro tipo de manifestação artística literária ou cultural. Não avaliamos ou censuramos textos, a anarquia e a contestação são incentivadas, dentro do politicamente correto. Discriminações, agressões, palavrões e outros "ões" ofensivos não serão aceitos.
Por que Long Play? Versão mais "cool", para ser saboreada ao som de um "smooth jazz", com textos que aprofundam os temas, para Urbanautas que tem um tempinho a mais.

Envie as suas produções para urbanascidades@gmail.com.

domingo, 8 de abril de 2012

cronica - Tempo de crescer


(Postagem publicada no Urbanascidades em 29/05/2011)
OLÁ, tem alguém do outro lado do monitor?
Produzir e manter um blog é como fazer análise. De um lado, voce fica deitado em um divã ou sentado em uma poltrona expondo seus gostos, desejos, opiniões e questionamentos sobre a vida, sobre coisas que te dão prazer, sobre teu trabalho, sobre tua família. Do outro lado, o terapeuta ouve, impávido e silente, a enxurrada de emoções que tu despejas. Um blogueiro multiplica esta situação por milhares de "terapeutas" virtuais e invisíveis, sem ter a oportunidade de um diagnóstico ou direcionamento rumo à cura.
Confesso que, depois de um ano de postagens, sinto-me um pouco decepcionado com o resultado de meu esforço. Esta inconformidade não está relacionada com meus visitantes, seguidores e eventuais comentaristas. Tenho acompanhado muitos colegas blogueiros que ao longo do caminho tem desistido de seus blogs, todos muito bons. Retirar de nossa rotina de família, relacionamentos e trabalho um razoável período do dia para pesquisar temas e assuntos, preparar postagens e publicá-las em nossos blogs, por puro dilantelismo e necessidade por dividir com anonimos amigos nossas ansiedades, desejos e alegrias torna-se cada vez mais complicado. Em um mundo capitalista como o nosso, esta atividade "pro bono" acaba retirando o nosso foco de nossas atividades laborais, no meu caso a arquitetura e urbanismo.
Tenho procurado parceiros culturais que possibilitem a manutenção do blog com a qualidade que norteou a minha proposta desde o início, além de fazer modificações na paginação do mesmo para melhorar sua aceitação. Atualmente, além do Urbanascidades, mantenho o Urbanasarquiteturas, o Urbanasmelodias, Urbanasimagens e o Urbanasculturais. Minha busca por apoiadores tem sido infrutífera, e para manter o blog vou modificar a periodicidade de postagens para reverter este tempo para minhas outras atividades.
Obrigado por acompanharem meu desabafo até aqui, e se quiserem fazer algum comentário, sintam-se a vontade.

(Comentário do autor:
Mudando de assunto, mas mantendo o foco, assisti ontem um ótimo filme com o Jeff Daniells, que é Richard, um escritor de meia-idade mal-sucedido que nunca cresceu. Abby é uma garota de 17 anos que perdeu a juventude depois de uma tragédia em sua família. Ambos são inseguros, ambos estão com medo de tomar grandes decisões e ambos dependem de amigos imaginários para guiá-los. Uma amizade inesperada surge então entre os dois… O filme é Paper Man, traduzido como Tempo de Crescer. Abaixo, trailer legendado do filme.
Para concluir nossa sessão de terapia, deixo com voces dois clássicos da música brasileira, as músicas "Pais e Filhos" do Renato Russo e  "Como nossos Pais", do muitas vezes incompreendido Belchior, interpretada pela eterna pimentinha, sempre maior cantora brasileira, Elis Regina.
Duas canções que ainda tem muito a dizer sobre as relações humanas, principalmente em tempos que pais são filhos, filhos são pais, muitos pais de um filho só, a autoridade, os bons princípios, costumes e a moral subvertidos e subjugados, os mandamentos do "viver em sociedade", independente de sua crença, esquecidos, a ERA DO INDIVIDUALISMO, muito potencializada pelas ditas "redes sociais". E achávamos que os "avatares" eram somente um joguinho virtual. Falo de cadeira, pois com um adolescente de 17 anos em casa sentimos, a Sílvia e eu, a dificuldade de preparar para a vida um filho.






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