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terça-feira, 18 de setembro de 2012

Artigo- Tradições Gaúchas



A VESTIMENTA GAÚCHA


 
A partir de 1865 definiu-se a indumentária do gaúcho atual.
Vestuário característico masculino:
Chapéu de couro ou de feltro de abas largas preso pelo barbicacho, o poncho sobre os ombros, o lenço geralmente de cores vivas, de nó corrediço. Uma camisa de lã ou de pano grosso.
Na cintura, a "guaiaca", cinto largo onde traz a faca e a garrucha no coldre. As bombachas, calças largas apertadas no tornozelo, as botas com "chilenas" (esporas de rosetas grandes) e finalmente ao pulso a presilha do rebenque da várias tiras, não esquecendo do laço de couro de burro.
Está ele pronto nos pampas para enfrentar.
O Lenço:
Usado ao pescoço, pode ser de diversas cores, sendo a branca e a vermelha as mais comuns. No passado, tiveram conotações políticas: o vermelho republicano (1835), maragato ou federalista (1893), maragato ou libertador (1923); a branca pica-pau (1893) e chimango (1923). O preto somente é usado em sinal de luto.
O lenço é amarrado por nós, sendo que há mais de dez modelos diferentes. Alguns exemplos: nó-de-rodeio, "Assis Brasil", "farroupilha", nó-de-domador, "namorador", cabeça-de-touro e "rapadura".
Vestuário característico feminino:
De 1820 a 1870 a mulher gaúcha usou vestido de seda ou veludo, botinhas fechadas, travessa nos cabelos, leque, meias brancas e xale. Era a influência européia.
A mulher campesiana usava uma saia e um casaquinho, meias, cabelos soltos ou trançados, sapatos fechados e ao pescoço um pequeno triângulo de seda, chamado Fichu.
A partir de 1870 até os tempos de hoje, a prenda usa vestido de chita sem muitos babados, meia branca, sapatilhas pretas sem salto alto, bombachinha, flor ou fita no cabelo e sem muitas jóias e maquiagem. A prenda conserva a simplicidade da mulher gaúcha, sem afetar a beleza de um ser de padrões morais superiores.
A dança Gaúcha
As danças gaúchas são a legítima expressão de sua alma. Em todas elas vê-se o espírito de fidalgia e o respeito a figura feminina, que sempre caracterizou o campesino rio-grandense. Todas também dão margem para ele extravasar a sua criativa teatralidade.
As danças folclóricas gaúchas, possuem uma peculiaridade, são sempre evolucionadas aos pares. Este fato encontra justificativa na formação histórica do povo gaúcho, uma sociedade que só se firmou e deitou raízes nesta terra através da participação atuante da mulher. Ela jamais foi reclusa como as mulheres das Casas Grandes, dos engenhos do Nordeste.
As danças dos pares entrelaçados faz muito sucesso.
A mais típica representação tradicional do Rio Grande do Sul, no campo das danças, é o velho "fandango".
As danças folclóricas são: Pezinho; Balaio; Chula; Xote; Boilaneira; Canaverde; Anu; Maçanico; Tatu com Volta Romeiro; Tirana do Lenço; Rancheira de Carreinha e a Chimarrita.
As Danças de Salão são: Valsa; Vaneira; Vaneirão; Xote; Milonga; Bugio; Rancheira e Chamamé.
Centros de Tradições Gaúchas (CTGs)
Os Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) são sociedades civis sem fins lucrativos, que buscam divulgar as tradições e o folclore da cultura gaúcha tal como foi codificada e registrada por folcloristas reconhecidos pelo movimento.
Diferenciam-se de Departamentos de Tradições Gaúchas, porque esses últimos geralmente estão ligados a alguma instituição.
Visam à integração social dos seus participantes, os tradicionalistas, ao resgate e à preservação dos costumes dos gaúchos, através da dança, do churrasco e de esportes. Existe muitos Centros de Tradições Gaúchas no Brasil, mas principalmente no estado do Rio Grande do Sul.
Chimarrão (ou mate)
O chimarrão (ou mate) é uma bebida característica da cultura do sul da América do Sul, um hábito legado pelas culturas indígenas quíchuas, aimarás e guaranis. Ainda hoje é hábito fortemente arraigado no Brasil (Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Acre e principalmente Rio Grande do Sul), parte da Bolívia e Chile, Uruguai, Paraguai e Argentina.
É composto por uma cuia, uma bomba, erva-mate e água quente.
Embora a acepção mate seja castelhana, é utilizada popularmente também no Rio Grande do Sul paralelamente com o termo "chimarrão".
Chimarrão (cimarrón em espanhol) também designa o gado ou planta que já havia sido domesticado e retorna para o estado selvagem.
O chimarrão é montado com erva-mate, geralmente servido quente de uma infusão. Tem gosto que mistura doce e amargo, dependendo da qualidade da erva-mate, que, pronta para o uso, consiste em folhas e ramos finos (menos de 1,5 mm), secos e triturados, passados em peneira grossa, de cor verde, havendo uma grande variedade de tipos, uns mais finos outros mais encorpados, vendidos a diversos preços.
Um aparato fundamental para o chimarrão é a cuia, vasilha feita do fruto da cuieira, que pode ser simples ou mesmo ricamente lavrada e ornada em ouro, prata e outros metais, com a largura de uma boa caneca e a altura de um copo fundo, no formato de um seio de mulher. Há quem tome chimarrão em outros recipientes, mas a prática é geralmente mal vista.
O outro talher indispensável é a bomba ou bombilha, um canudo de cerca de 6 a 9 milímetros de diâmetro, normalmente feito em prata lavrada e muitas vezes ornado com pedras preciosas, de cerca de 25 centímetros de comprimento em cuja extremidade inferior há uma pequena peneira do tamanho de uma moeda e na extremidade superior uma piteira semelhante a usada para fumar, muitas vezes executada em bom ouro de lei. Etiqueta
O chimarrão pode servir como "bebida comunitária", apesar de alguns aficionados o tomarem durante todo o dia, mesmo a sós. Embora seja cotidiano o consumo doméstico, principalmente quando a família se reúne, é quase obrigatório quando chegam visitas ou hóspedes. Então assume-se um ar mais cerimonial, embora sem os rigores de cerimônias como a do chá japonês.
A água não pode estar em estado fervente, pois isso queima a erva e modifica seu gosto. Deve apenas esquentar o suficiente para "chiar" na chaleira. Enquanto a água esquenta, o dono (ou dona) da casa prepara o chimarrão.
Há quem diga que isso acaba estabelecendo a hierarquia social dos presentes, mas é unânime o entendimento de que tomar chimarrão é um ato amistoso e agregador entre os que o fazem, comparado muitas vezes com o costume do cachimbo da paz. Enquanto você passa o chimarrão para a próxima bebê-lo, ele vai ficando melhor. Isso é interpretado poeticamente como você desejar algo de bom para a pessoa ao lado e, consequentemente, às outras que também irão beber o chimarrão.
Nesse cenário, o preparador é quem é visto mais altruisticamente. Além de prepará-lo para outras pessoas poderem apreciá-lo, é o primeiro a beber, em sinal de educação, já que o primeiro chimarrão é o mais amargo. Também é de praxe o preparador encher novamente a cuia com água quente (sobre a mesma erva-mate) antes de passar cuia, para as mãos de outra pessoa (ou da pessoa mais proeminente presente), que depois de sugar toda a água, deve também renovar a água antes de passar a cuia ao próximo presente. Não se esqueça de tomar o chimarrão totalmente, fazendo a "cuia roncar". Se considera uma situação desagradável quando o chimarrão é passado adiante sem fazer roncá-lo.
Churrasco
Churrasco é o nome dado ao prato feito a base de carne in natura ou processada, assada sobre fogo ou brasas, com a utilização de estacas de madeira ou metal — chamados de espetos — ou de grelhas.
Não existe referência exata sobre a origem do churrasco, mas presume-se que a partir do domínio do fogo na pré-história, o homem passou a assar a carne de caça quando percebeu que o processo a deixava mais macia.
Com o tempo as técnicas foram aperfeiçoadas, principalmente entre os caçadores e criadores de gado, dependendo sempre do tipo de carne e lenha disponíveis.
Na América do Sul a primeira grande área de criação de gado foi o pampa, extensa região de pastagem natural que compreende parte do território do estado do Rio Grande do Sul, no Brasil, além da Argentina e Uruguai. Foi ali que os vaqueiros, conhecidos como gaúchos, tornaram o prato famoso e típico.
A carne assada era a refeição mais fácil de se preparar quando se passava dias fora de casa, bastando uma estaca de madeira, uma faca afiada, um bom fogo e sal grosso, ingrediente abundante que é utilizado como complemento alimentar do gado.
A partir dali o costume cruzou as regiões e se tornou um prato nacional, multiplicando-se as formas de preparo, o que gera entre os adeptos muita discussão sobre o verdadeiro churrasco, como por exemplo a utilização de lenha ou carvão, de espeto ou grelha, temperado ou não, com sal grosso ou refinado, de gado, suíno, aves ou frutos do mar.
O correto é afirmar que não existe fórmula exata, uma vez que cada região desenvolveu um tipo diferente de carne assada, mas, sem dúvidas, a imagem mais famosa no Brasil é o churrasco preparado pelos gaúchos, expressão que virou nome do cidadão nascido no estado do Rio Grande do Sul.
No Brasil, churrasco se refere a toda carne assada na churrasqueira ou no estilo fogo de chão, quase sempre em grandes espetos na região sul, e grelha nas outras regiões.
Para o fogo, o mais comum é o uso de carvão, pela praticidade e facilidade de compra, porém os mais tradicionalistas defendem o uso da lenha. Existem também churrasqueiras à gás, pouco utilizadas por interferir no tradicional sabor do assado.
O tempero varia conforme o gosto e o costume local, podendo ser simplesmente sal grosso ou refinado, até as mais elaboradas fórmulas. De longe, a carne preferida é a bovina, mas também são muito apreciadas as carnes de origem suína, ovina, de aves, além de embutidos, como a linguiça.
Onde encontrar
Quem deseja apreciar um churrasco deve se dirigir a uma churrascaria, que é um restaurante especializado em carnes.
Ingredientes mais utilizados
No Brasil os ingredientes mais utilizados são:
Bovinos: picanha, costela, maminha, fraldinha, alcatra, filé, contrafilé, vazio (principalmente no sul), entre outros cortes;
Suínos: pernil, paleta e costeleta.
Carne ovina: costela,paleta e pernil.
Carne de frango: cortes de frango, como coxa, sobre-coxa, peito e asas.
Acompanhamentos: salada, salada de batata com maionese, pão, linguiça, entre outros.


ORAÇÃO DO GAÚCHO
D. Luiz Felipe de Nadal, bispo de Uruguaiana

"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e com licença do Patrão Celestial. Vou chegando, enquanto cevo o amargo de minhas confidências, porque ao romper da madrugada e ao descambar do sol, preciso camperear por outras invernadas e repontar do Céu, a força e a coragem para o entrevero do dia que passa.
Eu bem sei que qualquer guasca, bem pilchado, de faca, rebenque e esporas, não se afirma nos arreios da vida, se não se estriba na proteção do Céu. Ouve, Patrão Celeste, a oração que te faço ao romper da madrugada e ao descambar do Sol: "Tomara que todo o mundo seja como irmão ! Ajuda-me a perdoar as afrontas e não fazer aos outros o que não quero para mim".
Perdoa-me, Senhor, porque rengueando pelas canhadas da fraqueza humana, de quando em vez, quase sem querer, eu me solto porteira a fora... Êta potrilho chucro, renegado e caborteiro... mas eu te garanto, meu Senhor, quero ser bom e direito ! Ajuda-me, Virgem Maria, Primeira Prenda do Céu. Socorre-me, São Pedro, Capataz da Estância Gaúcha. Pra fim de conversa, vou dizer meu Deus, mas somente para ti, que tua vontade leva a minha de cabresto pra todo o sempre e até a querência do Céu.
Amém."

fontes: blog coisas nossas, wikipedia e internet


ACAMPAMENTO FARROUPILHA 



O parque Maurício Sirotsky Sobrinho, foi idealizado e construído pelo Engenheiro Agrônomo Curt Alfredo Guilherme Zimmermann e inaugurado no dia 4 de setembro de 1982.
No dia da inauguração, o CTG Aldeias dos Anjos de Gravataí e o CTG Tiarajú de Porto Alegre fizeram diversas apresentações, danças de invernada, dança dos facões, chula e declamações. Nesta data teve início o fogo de chão.
O CTG Rodeio da Saudade de Rio Pardo inaugurou a cancha de rodeio, onde foram realizados o primeiro tiro de laço (por João Carlos da Silva, o Carlinhos) e a primeira gineteada (por Dilon Gustavo da Silva). As primeiras provas de rédeas foram feitas por Vladimir da Silva e Leandro da Silva.
A primeira Prenda Juvenil da 5ª Região Tradicionalista, Lisiane da Silva, ofereceu o primeiro chimarrão ao chefe da Casa Civil da Presidência, Leitão de Abreu.
A cancha reta foi inaugurada pelo 4º RPMON da Brigada Militar, comandado pelo Tenente Dalmo.
Heraldo de Carvalho responsável pela parte gauchesca do Acampamento, contou com ajuda de Índio Sepé e Luiz Menezes para implantar o Tradicionalismo no Parque Harmonia.
O Primeiro Aniversário do Parque Harmonia foi realizado no ano seguinte. Seu criador, o engenheiro Curt Zimmermann recebeu uma placa de bronze da comunidade rio-grandese. Neste ano foi construído um fogo de chão na entrada da fazendinha para matear ao pé do fogo com todos os visitantes que por ali chegassem.
Em 1984 a fazendinha (foto) do Harmonia passou a ser administrada pela antiga Epatur (empresa pública municipal, responsável pelo Turismo da Capital). O galpão que existia na época foi alugado para a churrascaria Galpão Crioulo. Em outubro de 1986 incendiou. Foi reconstruído com as mesmas características.
O Parque da Harmonia em março de 1987 recebeu o nome de Parque Maurício Sirotsky Sobinho.
Neste ano foi realizado o 1º Acampamento Farroupilha reunindo diversos CTG’s e Piquetes que acampam até hoje, o pioneiro em montagem de galpão é o Velho Camboim com o Marasquim.
Nos anos anteriores não havia acampamento, e sim grupos de amigos ou piquetes que ficavam na área de fazendinha. Eles cavalgavam até ao parque, um ou dois dias antes do desfile de 20 de setembro, fazendo do parque uma pousada ou ponto de concentração.
Os mais antigos freqüentadores do parque da Harmonia faziam suas gauchadas bebendo e tocando gaita ponto e violão, principalmente nos finais de semana, quando o local é muito freqüentado por famílias que gostam de fazer ali, o seu churrasco, devido a grande quantidade de quiosques existentes.
Desde 1987, os acampamentos foram misto entre CTG’s, DTG’a, piquetes, famílias, associações e entidades afins. Em 1990 passou a ser cobrado espaço para o comércio, quando a 1ª RT assumiu a coordenação. Em 1997 assume o MTG.
O evento cresceu de ano a ano, devido a divulgação entre os jovens que aderiram a música dos conjuntos bailáveis que surgiram nos últimos anos.
O número de acampados evoluiu com o tempo. Até 95 eram em torno de 100. De 96 a 200, subiu para 170 grupos. De 2001 a 2003 foi para 240. Em 2004, passou para 317, mais praça de alimentação e pontos comerciais. Em 2005 foi instituída a obrigatoriedade de apresentação de projetos culturais por parte das entidades acampadas. O número de participantes cresceu até 2008, quando atingiu 400 entidades culturais, mais patrocinadores e entidades organizadoras. Para 2009 o limite foi diminuído, em razão de obras no local que restringiram a área útil do evento. A tendência é de que o número atualmente praticado se consolide, pelo menos enquanto a área disponível for a atual.


“Farroupilhas: ideais, cidadania, revolução,”
A proposta de trabalho para o tema de 2010 é representada através de três aspectos:
- Os ideais: explorar as razões que levaram os farroupilhas a se colocarem em posição antagônica ao Império. Questões como os altos impostos sobre a terra e sobre a produção de charque, a idéia de República e de Federalismo, o direito de escolher (eleger) os representantes políticos, o direito ao tratamento homogêneo entre os servidores militares.
- A cidadania: os farroupilhas enquanto cidadãos, com famílias, com propriedades, com direitos civis, com deveres de cidadãos. A questão da falta de escolas e do analfabetismo. A questão do trabalho campeiro. Destacar momentos de lazer e descontração com jogos, bailes, carreiras, e explorar a questão da religiosidade através da presença da Igreja católica nas questões políticas, dos casamentos e batizados.
- a Revolução: a decisão extrema de pegar em amas para fazer valer direitos cidadãos e para alcançar os ideais que os moviam. Mostrar a movimentação das tropas no território, destacar a vida nas três capitais farroupilhas.
Nesse contexto destacamos as figuras mais importantes da Revolução, tais como:
- Bento Gonçalves da Silva
- Antônio de Souza Netto
- José Gomes Vasconcelos Jardim
- Onofre Pires da Silveira Canto
- Joaquim Teixeira Nunes
- David Canabarro
- Antonio Vicente da Fontoura
- Domingos José de Almeida
- Manoel Lucas de Oliveira
- José Mariano de Matos
- Padre Francisco da chagas Martins de Ávila e Sousa
- Padre Hildebrando de Freitas pedroso
Os estrangeiros:
- Giuseppe Maria Garibaldi
- Luigi Rosseti
- Tito Livio Zambecari
- John Pascoe Grenfell
O objetivo é mostrar tanto os aspectos revolucionários quanto os aspectos de cidadãos e suas famílias fazendo aparecer no cenário às mulheres que, de uma forma geral, são esquecidas pela historiografia.
Podemos trabalhar o desfile temático em 10 invernadas teatralizando:
1.A vida em família;
2.O trabalho: lida do campo e charqueadas;
3.A religiosidade: presença do padre, o casamento e o batizado;
4.As festas: um fandango, a chula, a tava e o truco;
5.Os ideais farroupilhas: assembléia provincial e as lojas maçônicas;
6.Apresentação dos líderes, com suas características;
7.Os estrangeiros engajados na idéia republicana;
8.A revolução: três capitais farroupilhas – Piratini, Caçapava do Sul e Alegrete;
9.A proclamação da república, a bandeira e o hino;
10.Os líderes e seus destinos no pós Revolução.
História (Saga Farrapa marcou o Rio Grande)
As comemorações da Revolução Farroupilha - o mais longo e um dos mais significativos movimentos de revoltas civis brasileiros, envolvendo em suas lutas os mais diversos segmentos sociais - relembra a Guerra dos Farrapos contra o Império, de 1835 a 1845. O Marco Inicial ocorreu no amanhecer de 20 de setembro de 1835. Naquele dia, liderando homens armados, Gomes Jardim e Onofre Pires entraram em Porto Alegre pela Ponte da Azenha.
A data e o fato ficaram registrados na história dos sul-ro-grandenses como o início da Revolução Farroupilha. Nesse movimento revolucionário, que teve duração de cerca de dez anos e mostrava como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicanos, foi proclamada a República Rio-Grandense, instalando-se na cidade de Piratini a sua capital.
Acontecendo-se a Revolução Farroupilha, desde o século XVII o Rio Grande do Sul já sediava as disputas entre portugueses e espanhóis. Para as lideranças locais, o término dessas disputas mereciam, do governo central, o incentivo ao crescimento econômico do Sul, como ressarcimemto às gerações de famílias que lutaram e defenderam o país. Além de isso não ocorrer, o governo central passou a cobrar pesadas taxas sobre os produtos do RS. Charque, couros e erva-mate, por exemplo,passaram a ter cobrança de altos impostos. O charque gaúcho passou a ter elevadas, enquanto o governo dava incentivos para a importação do Uruguai e Argentina.
Já o sal, insumo básico para a preparação do charque, passou a ter taxa de importação considerada abusiva, agravando o quadro. Esses fatores, somados, geram a revolta da elite sul-riograndense, culminando em 20 de setembro de 1835, com Porto Alegre sendo invadida pelos rebeldes enquanto o presidente da província, Fernando Braga, fugia do Rio Grande.
As comemorações do Movimento Farroupilha, que até 1994 restringiam-se ao ponto facultativo nas repartições públicas estaduais e ao feriado municipal em algumas cidades do Interior, ganharam mais um incentivo a partir do ano 1995. Definida pela Constituição Estadual com a data magna do Estado, o dia 20 de setembro passou a ser feriado. O decreto estadual 36.180/95, amparado na lei federal 9.093/95, de autoria do deputado federal Jarbas Lima (PPB/RS), especifica que "a data magna fixada em lei pelos estados federados é feriado civil".
Abaixo, imagens do desfile Farroupilha em 2009 






 fonte:
Links úteis:
http://www.igtf.rs.gov.br/




 MÚSICA FARROUPILHA
Imagem do Programa Galpão Crioulo, da RBS TV
Música nativista é um gênero musical brasileiro característico do Sul do Brasil e que parece ter origem na escola literária do parnasianismo, por sua semelhança quando canta coisas da natureza e do ambiente como: a terra, o chão, os costumes, o cavalo e o amor pela mulher - e pela musicalidade, sempre buscando a rima num arranjo muito acertado com as melodias, criando entre letra, música e dramatização, uma dinâmica que rebusca origens e paixões. A música nativista é construída em cima de um andamento mais lento e intimista, com letras bastante elaboradas, conotativas e metafóricas. mostrando também origens fortes na música flamenca espanhola, e na música portuguesa. Os campos harmônicos bem arranjados, denotam ritmos bem elaborados e melodias com dois ou mais violões. Com uma formação harmônica/melódica complexa, a música tradicionalista torna-se difícil de ser interpretada em alguns casos, por outros grupos ou músicos que não possuem ligação direta com a cultura gaúcha. Entre os principais ritmos de música nativista estão: a milonga, o chamamé, a chamarra, a polca, o rasguido doble, a vaneira e a rancheira.
A partir de 1971 surgiu em Uruguaiana a Califórnia da Canção Nativa, festival considerado a mãe de todos os festivais nativistas, dando origem a festivais de música nativista nos estado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.Após a Califórnia da Canção Nativa surgiram:
Escaramuça da Canção Gaudéria, em Triunfo; Tertúlia Musical Nativista, em Santa Maria; Festival da Barranca, em São Borja; Coxilha Nativista, em 1981 Cruz Alta; Musicanto Sul-americano de Nativismo, em Santa Rosa; Canto sem Fronteira, em Bagé; Tafona da Canção Nativa, em Osório; Acorde da Canção Nativa, em Camaquã; Estância da Canção Gaúcha, em São Gabriel; Semeadura da Canção Nativa, em Tupanciretã; Sapecada da Canção Nativa, em Lages; Um Canto para Martín Fierro, em Santana do Livramento; Carijo da Canção Gaúcha, em Palmeira das Missões; Encontro Internacional de Chamameceros, em São Luiz Gonzaga; Cante uma Canção, em Vacaria; Gauderiada da Canção Gaúcha, em Rosário do Sul; Comparsa da Canção Gaúcha, em Pinheiro Machado; Grito do Nativismo Gaúcho, em Jaguari; Reponte da Canção, em São Lourenço do Sul; Vigília do Canto Gaúcho de Cachoeira do Sul; Salamanca da Canção Nativa de Quaraí; Laçador do Canto Nativo, em Porto Alegre; Canoa do Canto Nativo, em Canoas; Bicuíra da Canção Nativa, em Rio Grande;Acampamento da Canção Nativa, em Campo Bom;Galponeira, em Bagé, entre outros.
Hino Riograndense à capela com Luiz Marenco
"Eu sou do Sul" com Elton Saldanha
"Guri", com Cesar Passarinho e Borguetinho

"Querencia amada", composição de Teixeirinha com Carlos Magrão e Osvaldir
"Os Cavaleiros da Paz, Letra e Música: Elton Saldanha / Declamação: Antônio Augusto (Nico) Fagundes / Fotos: Eduardo Rocha
Jayme Caetano Braum declamando "Bochincho", com Cenair Maica e Chaloy Jara.
Leopoldo Rassier - "Näo podemo se entrega pros home"
Os Serranos e Leonardo - "Tertúlia" 
Leonardo - "Bagual de Chacara / Canto Alegretense"



EDITORIAL


Para um gaúcho urbano nascido em Porto Alegre, assistir todos os anos, em setembro, a invasão dos cavalos com suas ferraduras a tilintarem no asfalto e nas pedras, os peões e suas pilchas, seu chimarrão, seu fogo de chão, seus ranchos de pau-a pique instalados no Parque da Harmonia, torna-se uma agradável lembrança da história de lutas de nosso Estado.
Os próximos dias das postagens do blog serão dedicados à Semana Farroupilha, onde vou apresentar, sem pretensão didática ou professoral, aspectos da história da Revolução Farroupilha, os costumes, a cultura e as tradições dos gaúchos, nossa música e culinária e a forma que nosso povo respeita e cultua esta tradição. Causa-nos surpresa que os visitantes se admirem com o fato de conhecermos e cantarmos nosso hino com paixão e reverencia, pois para os gaúchos é natural. Ficamos também felizes em constatar que hábitos desenvolvidos aqui, como o churrasco e o chimarrão, os centros de Tradição Gaúcha, nossa música gaudéria e nossas vestimentas tenham se espraiado por plagas distantes.
Para encerrar, deixo com voces o Hino Riograndense.
I.
Como aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o 20 de Setembro
O precursor da liberdade
Refrão
Mostremos valor e constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
De modelo a toda terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
II.
Mas não basta pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Refrão
Mostremos valor e constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra
De modelo a toda terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda terra

Em 1966, durante o Regime Militar a segunda estrofe foi retirada oficialmente.
Que entre nós, reviva Atenas
para assombro dos tiranos
Sejamos gregos na glória
e na virtude, romanos

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