Nós, os sulistas, sempre nos achamos um pouco deslocados do eixo tropical que forma a maior parte de nosso país. Com o inverno iniciando semana passada, é tempo de tomar um chocolate quente na frente da lareira, aquecer o corpo e a mente sorvendo um mate quente (chimarrão) ao pé do fogo, esquentando as mãos enquanto prepara um assado (churrasco), sonhando com praias paradisíacas e temperaturas amenas enquanto o minuano insiste em penetrar em nossas camadas e camadas de roupas quentes, nossos cobertores de orelhas e nossas luvas e botas de couro.
Continuamos insistindo em sair em meio à neblina diurna e noturna, passamos vários dias sem ver a cara e a cor do sol, e quando tudo isso é somado a uma chuvinha gelada e fina, irritante como ela só, o cenário fica perfeito.
Quando dormimos, a sensação que temos é que um urso aconchegou-se sobre nós, tal a quantidade de cobertores e mantas, e tudo que tocamos está absolutamente congelado. Espiriteiras no banho, aquecedores de ambiente, um pouco de canha (bebida alcoólica) e o sempre necessário calor humano nos ajudam a atravessar estes três meses do inverno no sul.
Mas com todo este cenário desafiador, com todas as mazelas e dificuldades enfrentadas, com doenças, sofrimentos e até mortes em função das baixas temperaturas, passeamos em nossas praças e parques, pegamos o "auto" para subir a serra, comemos e bebemos bem e, batendo fortemente no peito, gritamos aos quatro ventos: "EU SOU DO SUL!
Pesquisando sobre o tema, encontrei no blog http://kowabanga.com/blog/ uma postagem sobre o inveno na Criméia, uma república autônoma ao sul do da Ucrânia. Estou republicando fotos do belo inverno deste país conhecido por praticamente ninguém.
Um comentário:
Gostei muito das fotos. O texto não saiu.
Beijos!
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